O objeto resenhado pode ser um acontecimento qualquer da realidade (um jogo de futebol, uma comemoração solene, uma feira de livros) ou textos e obras culturais (um romance, uma peça de teatro, um filme).
A resenha, como qualquer modalidade de discurso descritivo, nunca pode ser completa e exaustiva, já que são infinitas as propriedades e circunstâncias que envolvem o objeto descrito. O resenhador deve proceder seletivamente, filtrando apenas os aspectos pertinentes do objeto, isto é, apenas aquilo que é funcional em vista de uma intenção previamente definida.” ... do público a que destina a resenha, ou de sua finalidade.
A resenha pode ser descritiva, isto é, sem nenhum julgamento ou apreciação do resenhador, ou crítica, com apreciações estabelecidas pelo juízo crítico de quem a elaborou.
A resenha descritiva consta de:
a) uma parte descritiva em que se dão informações sobre o texto:
- nome do autor (ou autores);
- título completo e exato da obra (ou artigo);
- nome da editora e, se for o caso, da coleção em que a obra está inserida;
- lugar e data da publicação;
- número de volumes e páginas.
Pode-se fazer, nessa parte, uma descrição sumária da estrutura da obra (divisão em capítulos, assunto dos capítulos, índices, etc.). No caso de uma obra estrangeira, é útil informar também a língua da versão original e o nome do tradutor, se se tratar de uma tradução.
b) uma parte com o resumo do conteúdo da obra:
- indicação sucinta do assunto global da obra (assunto tratado) e do ponto de vista adotado pelo autor (perspectiva teórica, gênero, método, tom, etc.);
- resumo que apresenta os pontos essenciais do texto e seu plano geral.
Na resenha crítica, além dos elementos já mencionados, entram também comentários e julgamentos do resenhador sobre as idéias do autor, o valor da obra, etc.